quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Antropologia e Educação

Conversar sobre nossa educação e a dos outros...

Educação ainda na Idade Média era um privilégio da nobreza e do clero, mas com a chegada da República e da democracia o ensino se tornou público ou para todos e a preparação para o mundo do trabalho pós Revolução Industrial e Revolução Francesa virou realidade no modelo escolar enquanto espelho das fábricas. A educação aristocrática ministrada antes da chegada do povo ou dos populares às escolas ainda era realidade no início da construção e operação das primeiras escolas na Europa. A ideia era civlizar aqueles que não possuiam boas maneiras e também prepará-los para o mundo das máquinas e dos negócios. A divisão social do trabalho criou no ensino especializações ou preparos escolares técnicos e humanísticos para as mais diversas profissões necessárias à sociedade capitalista.
No Brasil com o advento da República ainda temos resquícios fortes de uma era colonial e imperial, o fim da escravidão e a incipiente urbanização que já começara mais forte com a vinda da família real portuguesa.O sociólogo Florestan Fernandes em seus trabalhos sobre a Educação no Brasil menciona o ranso aristocrático presente na educação brasileira. Segundo Florestan, há uma tentativa de reconstruir a civilização ocidental no país efetivada a partir do não reconhecimento dos conhecimentos, saberes e experiências de populações negras e indígenas. Assim, cacos de ciência são ensinados nas escolas públicas para doutrinar de certa maneira as populações nativas e de neo-brasileiros.
A questão maior é qual projeto de educação foi planejado para o nosso Brasil, que povo nós queremos ou almejamos formar dentro da educação pública e particular ? A educação das massas própria de ideias republicanos chegou a bom termo ? Respeitamos as culturas e tradições de negros e indígenas ? O que pretendemos agora que a maior parte das pessoas estão dentro do ensino básico ? e as universidades conseguem educar as pessoas na ciência universal ou se deparam com problemas estruturais de semi-analfabetismo, salários baixos pagos aos professores, manipulação política das instituições educacionais, mercantilização do ensino, ineficiência de serviços públicos entre outras  questões que se avolumaram e nos colocam em péssimas posições no "ranking" da educação mundial ?
Aqui trataremos de aspectos culturais da educação brasileira que precisam realmente ser investigados, conhecidos e trabalhados antes de elegermos novos representantes políticos não preocupados com um dos pilares da nação brasileira. Atualmente não temos muito do que nos orgulhar, mas apenas esolas isoladas no país que conseguem, independentemente das condições precárias do trabalho na educação, multiplicar seus pontos fortes e realmente colocar um plano real e eficiente de uma nova educação brasileira preocupada com a formação pessoal, a qualificação para o trabalho e mais que isso, uma cidadania brasileira de fato e não só de direito.

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